Portugal é um país feito de tradições. Nós, portugueses, somos feitos de costumes: as festas populares que percorrem todas as aldeias no verão, os trajes alentejanos que vão do barrete à samarra, a gastronomia, o fado, o azeite, o pastel, o bacalhau e até a família é uma tradição muito portuguesa.
A família não só é uma tradição antiga, como cada uma constrói as suas próprias tradições. E são, muitas vezes, estes momentos que nos vêm à cabeça quando pensamos na nossa família: as panquecas ao pequeno-almoço no sábado, os jantares de domingo com os avós, as férias “na terra” com os tios e os primos, as idas ao estádio com o pai ou à igreja com a mãe ao domingo de manhã.
São muito estes momentos que fazem uma família, que a unem, que tornam os laços familiares ainda mais fortes. São as tradições, as vivências e os valores que criam um sentimento maior de proximidade e de pertença.
É normal que se reveja numa destas tradições familiares ou que tenha outras diferentes, mas também é normal que algumas se percam com o tempo. Por esse motivo, e se já tiver a sua família “de casa” comece você a criar os seus próprios costumes que, depois de serem transmitidos aos seus filhos, primos, irmãos, podem transformar-se numa tradição. Pode ser semanal, mensal ou até anual (não importa!), mas invente a sua própria tradição. Não precisa de ser igual à das outras famílias, só precisa de ser importante para a sua. Não tem de ser complexa. Pelo contrário, faça algo simples e pequeno tornar-se especial para a sua família, e o mais importante: envolva todo o núcleo familiar, tanto os mais velhos como os mais novos, e a estes deve mesmo mostrar que há momentos no ano que devem ser vividos em família. Eles são o futuro, e serão eles a continuar as tradições e só o irão fazer se perceberem o seu valor.
As tradições fortalecem as famílias e deixam memórias que vão de geração em geração. Criá-las e conseguir mantê-las pode ser o segredo de uma família unida.